sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Originalidade sonora




Gentileza do Amor. Este é o sugestivo nome que partiu da união das bandas Gentileza e Do Amor para o show de hoje no Atacama, em Curitiba. O nome, conta Heitor Humberto, surgiu naturalmente graças à semelhança das palavras.

Agora, as duas se unem para exprimir na música a afetividade e a sensibilidade que as nomeiam. O combinado já havia sido experimentado em setembro do ano passado em São Paulo, onde foi muito bem recebido.

Por aqui eles também tocaram juntos, mas ainda sem essa nomenclatura. “O show foi maravilhoso, guardamos muitas boas lembranças”, recorda o baterista Marcelo Callado.

Os grupos surgiram em duas capitais bem diferentes: a Gentileza nasceu em Curitiba e a Do Amor no Rio de Janeiro. Mas o destino fez que desse encontro se revelasse muitas semelhanças, a começar pelos nomes.

“São nomes muito positivos”, ressalta Marcelo. Mas o principal está no fato das duas se guiarem movidas em fazer música sem se importar com horizontes comerciais.

Talvez por isso conseguiram conquistar um público carente de uma originalidade sonora, que vai na contra-corrente do que dita o mercado. As bandas unem pontas musicais aparentemente excludentes entre si.

Na Do Amor, o rock e ritmos brasileiros convivem harmonicamente. A Gentileza traz, de um lado o rock e de outro o samba, a valsa e música do leste europeu. Deste encontro surge a promessa de uma noite agitada com uma miscelânea musical que revela a versatilidade da nova música brasileira.

O repertório vai incluir canções que estão nos discos de estreia de ambas. A banda curitibana lançou o seu álbum em 2009 e já tem as músicas cantadas em coro nos shows.

O do Do Amor, lançado em 2010, esteve entre os melhores do ano de diversas publicações, como a revista Rolling Stone. Mas a noite também terá novidades: os dois grupos ainda vão tocar músicas inéditas.

Gentileza


A Gentileza é umas das bandas de maior destaque da cena musical curitibana e conta com um público fiel em todas as suas apresentações. A busca pela inovação e por novos horizontes sonoros sempre foram características do sexteto.

Assim como o Do Amor, os paranaenses também passeiam por vários estilos, costurando valsa, música caipira, rock, samba, bolero, sonoridades do leste europeu, entre outros.

Violino, concertina, cavaquinho, viola caipira, naipe de saxofone e trompete, além de baixo, bateria e guitarra são alguns dos 16 instrumentos tocados durante suas apresentações.

A banda é formada por Heitor Humberto (voz, guitarra, violino, cavaquinho), Emílio Mercuri (guitarra, viola caipira e voz), Garapa Perin (baixo, concertina e voz), Diogo Fernandes (bateria), Artur Lipori (trompete e guitarra) e Tetê Fontoura (saxofone e teclado).

Do Amor

Do Amor é uma banda parcialmente conhecida por muitos. Marcelo Callado (bateria) e Ricardo Dias Gomes (baixo) integram a Banda Cê, que vem acompanhando Caetano Veloso há três anos. Gabriel Bubu é o baixista do Los Hermanos.

Formado há quatro anos, o grupo carioca acaba de lançar o seu festejado primeiro álbum. Produzido por Chico Neves (que já trabalhou com Lenine, Paralamas do Sucesso, O Rappa e Skank), o debute do quarteto traz 14 faixas que mostram um trabalho repleto de referências dos mais distintos e variados estilos.

A banda traz referências que vão do carimbó ao rock com a maior naturalidade, passando democraticamente pelo indie, axé, dub, guitarrada e heavy metal. Essa mistura sonora se revela uma grande festa e ganha força com músicas como Pepeu baixou em mim e Isso é carimbó.

Conheça as bandas

www.myspace.com/doamor
www.myspace.com/gentileza

Publicado originalmente no jornal O Estado do Paraná.

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